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Nunca antes na história da humanidade uma pandemia levou governos a fechar suas economias de forma forçada e quase simultânea e, em seguida, reanimá-la abruptamente. O resultado? A volta da inflação, estresse no mercado de trabalho e o aumento das taxas de juros, dos rendimentos dos títulos e da dívida pública.

Enquanto isso, guerras em regiões produtoras de petróleo, o desenvolvimento econômico da China e a evolução das políticas industriais e ambientais estão remodelando o cenário geopolítico. Paralelamente, a velha ameaça de conflitos entre grandes potências parece estar voltando, enquanto novos desenvolvimentos em inteligência artificial (IA) prometem transformar a humanidade.

Isso nos deixa em um mundo novo, definido pela incerteza econômica e instabilidade geopolítica e ambiental, mas também por profundas mudanças tecnológicas.

Ao entrarmos em um novo mundo, é natural sentir apreensão. No entanto, vale a pena lembrar que, desde 1900, o mundo testemunhou duas guerras mundiais, nove pandemias, centenas de guerras civis ou regionais, mais de 2.000 detonações nucleares, revoluções nos maiores e mais populosos países do mundo, pelo menos uma dúzia de hiperinflações, mais de 15 mercados em baixa, mais de 20 recessões e quase 200 calotes soberanos ou crises da dívida.

Quando se trata de investir, todos esses anos de adversidades nos ensinaram três lições valiosas: a importância da diversificação global, a virtude da paciência e, acima de tudo, a resiliência e engenhosidade humana.